Amarelinha, corda e perna de pau: por que brincadeiras são importantes na infância?
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Amarelinha, corda e perna de pau: por que brincadeiras são importantes na infância?

* Escrito por Tribo Educa e Fernanda Galeoti

Tem uma frase incrível do Mário Quintana que diz: "As crianças não brincam de brincar. Brincam de verdade". Isso resume bem toda potência salutar que “o brincar” carrega no desenvolvimento humano.

 

É nesse processo do brincar que desenvolvemos nossa "criatividade imaginativa" e quanto mais livre a brincadeira, mais potente isso fica. Essa potência torna nosso PENSAR VIVO, um elemento fundamental para solucionar problemas e situações desafiadoras, assim como manter nutrida nossa resiliência: HÁ SEMPRE OUTRO JEITO!

 

No brincar experimentamos diferentes personagens, tramas e ambientes, oferecendo plasticidade neurossensorial e emocional, adaptando e ampliando pensamentos e sentimentos. Apresenta-se aqui uma ótima oportunidade de experimentar a empatia quando aprendemos a dividir os brinquedos e exercer a liderança na brincadeira.

 

É importante que esse brincar seja livre, mas com atenção do adulto para preparar o ambiente com recursos diversificados para que o repertório neurosensorial e cultural da criança se amplie. Isso não significa mudar tudo ou colocar tudo à disposição dela todos os dias. O aconselhável é manter uma rotina e também repetição nas atividades. 

 

Um exemplo disso é escolher um dia da semana para brincarmos no parque. Combina-se o tempo e deixo a criança livre para brincar e explorar como quiser. Não ensino como se escorrega, o que tem que fazer no trepa-trepa, pois as possibilidades são inúmeras e para cada criança fará um sentido diferente: para umas, subir e se desafiar é assustador, para outras, não; umas gostam de ficar observando as formigas no chão e todas essas exposições podem resultar na vivência interna dos mesmos processos de aprendizagem.

 

Um ponto importante é que toda brincadeira tem um fim e podemos fazer isso de forma que a criança compreenda e participe desse desenvolvimento. Na prática, isso significa também o uso de referências criativas: para crianças pequenas você não usa o tempo cronológico, mas sim o concreto. Você pode dizer a ela que quando o Sol estiver bem alto e quente este será o momento de partir, pois isso indica a hora do almoço. E quando estiver perto da hora de ir sinalize: faltam 15/10 minutos ou logo nós vamos embora. Finalize cumprindo com o combinado. Desta forma a criança vivencia um começo-meio-fim, não se sente raptada do seu mundo do brincar!

 

Podemos deixar a criança brincar livremente com tudo, não apenas com brinquedos estruturados; jogos e cartas de baralhos são muito legais também. Eles podem criar muita coisa e ainda assim, em certo momento, perceber que há símbolos diferentes, e nos procuram para decifrar e ajudá-los nesses processos. Assim se dá a alfabetização integral e natural.

 

As brincadeiras cantadas são outra excelente oportunidade de desenvolvimento: palavras, ritmos, rimas, sotaques, metáforas. E se o corpo está em movimento, adiciona-se o crescimento da coordenação motora fina e grossa, lateralidade, propriocepção ou geografia corporal. Podemos dar a volta ao mundo com as brincadeiras cantadas!

 

Os benefícios da brincadeira são realmente inúmeros e todos eles são cientificamente validados. Lembre-se que o terreno fértil para o brincar é a infância. Não negue isso a elas por nada. Tudo tem seu tempo. O "estado de infância" não dura muito e não conseguimos revivê-lo. Jamais teremos essa imaginação e “entrega” resgatada. Os outros momentos da vida virão para aprender e fazer todas as outras coisas que também carregam sua devida importância. Então: DEIXEMOS AS CRIANÇAS EM PAZ! E livres para brincar!



2 comentários
  • Brincar é a forma que a criança tem de aprender e experienciar a vida. Sem esquecer que o brincar cura traumas. Viva o Brincar <3

    Mariana Fischer em
  • Boa noite Através do brincar podemos conhecer a nossa cultura e até modificá-la, parabéns gostaria muito de contribuir, fiquem com Deus amém.

    Diego Fernandes Gomes em

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